La experiencia brasilera de la Red Amamenta Brasil cruza la frontera.
Nota publicada en el Portal del Ministerio de Salud de Brasil sobre la Red Amamenta Brasil:
Con apenas dos años en operación, la estrategia del Ministerio de Salud de promoción, protección y apoyo a la lactancia materna en unidades básicas de salud (UBS) cosecha frutos e inspira a otros países. Ejemplo de esto es Paraguay, que acaba de iniciar su propia Red Amamenta con la formación de los 12 primeros tutores que multiplicarán la iniciativa en el país. Hay tutores formados también en Argentina. Estos dos países participaron del taller de la Red Amamenta Brasil realizada en marzo, en Foz do Iguaçu, con el apoyo del Grupo de Trabajo ITAIPU/SAÚDE binacional y Secretaría Municipal de Salud. Colombia y Perú también demostraron interés y buscaron apoyo del gobierno brasilero para implementar la Red. El taller con estos dos países se inició en noviembre. La idea es hacer con que más naciones se junten a esta gran tela para, futuramente, lanzar la Red Amamenta Latinoamericana.
En entrevista concedida al Ministerio de Salud, la coordinadora nacional de Lactancia Materna del Ministerio de Salud Pública y Bienestar Social del Paraguay, Sandra Recalde, cuenta como el país implementará la Red Amamenta en sus unidades básicas de salud, los desafíos del gobierno para aumentar los índices de amamantamiento y los benefícios que la iniciativa traerá, a largo plazo, para la salud de la población paraguaya.
Lea la entrevista: (en portugués)
Ministério da Saúde: Como conheceu a REDE AMAMENTA BRASIL?
Sandra Recalde: Em outubro de 2009, foi realizada uma reunião internacional na Guatemala sobre a atualização do uso de materiais da Iniciativa Hospital Amigo da Criança. Nessa ocasião, conheci a coordenadora da Área Técnica de Saúde da Criança e Aleitamento Materno do Ministério da Saúde do Brasil, Dra. Elsa Giugliani. Entre os vários trabalhos em grupos previstos no encontro da IHAC, coincidimos, nós duas, em um grupo que tratava de diferentes estratégias de promoção do aleitamento materno. Foi então que a Dra. Elsa me entregou um folder sobre a REDE AMAMENTA BRASIL, que despertou muito minha atenção. Como manifestei interesse, Elsa propôs que participasse de um dos cursos de formação de tutores da REDE AMAMENTA. Entrei no site do Ministério da Saúde do Brasil, encontrei materiais como o Caderno do Tutor, o Caderno Nº 23 de Atenção Básica, e todo tipo de informação relacionada ao tema. E foi assim que tudo começou.
MS: Que aspectos e características da REDE AMAMENTA BRASIL lhe parecem mais importantes e positivos?
SR: O aspecto mais significativo da REDE AMAMENTA BRASIL é a metodologia utilizada, que é inovadora e está baseada em um arcabouço teórico que não enfoca somente os conhecimentos cognitivos do profissional, mas está também dirigido à pessoa como indivíduo e parte de uma comunidade. Daí a importância de enfocar como uma gestão de trabalho em saúde a partir de uma concepção de trama ou tecido (rede) que, para garantir a atenção integral, sugere a troca de saberes entre os profissionais através de diálogos e definição de responsabilidades.
MS: No geral, como está a situação do aleitamento materno no Paraguai e quais são os principais desafios?
SR: Os índices aleitamento materno no Paraguai, em termos gerais, não são bons. A última pesquisa CEPEP (Centro de Estudios de Población), de 2008, mostra que há apenas 25% de prevalência de aleitamento materno exclusivo. Existe particularmente um bom início de amamentação, já que 97% de nossas crianças foram alimentadas diretamente no peito na primeira semana de vida. Mas esse dado cai bruscamente logo em seguida em razão do predomínio de alimentação artificial ou do que chamamos de alimentação mista (peito + outros leites), além da introdução precoce de alimentos antes dos seis meses. E isso se reflete posteriormente nos indicadores da desnutrição global do país, que é de 4,2%.O desafio dessa nova administração é aumentar os índices de aleitamento materno exclusivo e da amamentação prolongada. Ambos estão previstos no Plano Nacional de Promoção da Qualidade de Vida e Saúde com Equidade da Infância 2010-2015, por isso nosso interesse no êxito da REDE AMAMENTA e demais ações para cumprir a meta 4 dos Objetivos de Desenvolvimento do Milênio (ODM), que é a Redução da Mortalidade infantil.
MS: Como você acredita que a REDE AMAMENTA pode contribuir e melhorar a saúde da população paraguaia?
SR: A oportunidade de conhecer a Rede não poderia ter sido melhor! O Paraguai está passando por uma mudança profunda de paradigma em seu modelo de saúde. Estamos também iniciando a implementação das Unidades Básicas de Saúde, no âmbito de um Sistema Único de Saúde concebido nos moldes do Brasil. Consideramos que com a estratégia da REDE AMAMENTA, a contribuição para melhorar os índices de aleitamento materno e alimentação complementar a partir da atenção básica consolidará todas as demais ações relacionadas a saúde da população do Paraguai, sobretudo pela metodologia participativa e o sólido arcabouço teórico com que foi construída.
MS: Como o Ministério da Saúde do Paraguai pretende implementar a REDE AMAMENTA em seu território? Existem prazos, metas e recursos humanos e financeiros para fazê-lo?
SR: Há pouco tempo tivemos a oportunidade de realizar o Curso de Formação de Tutores, do qual participaram 12 profissionais de 3 Regiões Sanitárias que correspondem a área de influência de Itaipú. Esses mesmos profissionais elaboraram um plano em pequena escala para realizar, ainda este ano, pelo menos 5 oficinas de trabalho nas UBS de sua área de influência e continuar formando mais tutores com a supervisão das tutoras do Brasil. Não temos recursos financeiros disponíveis assim, de imediato, mas já propusemos a implementação da Rede com o apoio das diferentes cooperações internacionais com as quais o Ministério da Saúde trabalha. Atualmente, apenas o Alto Paraná dispõe de fundos para as atividades planejadas. As demais tomaram para si o desafio de trabalhar com recursos gerados em suas próprias comunidades através de alianças com seus atores sociais.
MS: Como acha que as equipes de saúde, profissionais e instituições envolvidas receberão esta iniciativa?
SR: A recepção com o primeiro grupo de profissionais que participou da oficina superou todas as expectativas. É uma grande vantagem que os médicos, enfermeiras e obstetras que estão se incorporando às novas Unidades de Saúde sejam profissionais jovens, com vontade de explorar novas estratégias de trabalho. Na graduação, esses mesmos profissionais já haviam visto a importância da atenção primária de saúde e sua repercussão no estado geral da comunidade na qual se comprometeram a servir. E como todo processo leva tempo, seguramente eles irão se ajustar de acordo com a disponibilidade também dos próprios recursos com que contamos. Mas estamos muito otimistas, pois esse projeto, que antes era só uma proposta, é hoje uma realidade no Paraguai.
MS: Comentários e observações
SR: Gostaria de manifestar nossos mais sinceros agradecimentos às coordenadoras de Saúde da Criança e Aleitamento Materno do Brasil, Elsa Giugliani e Lílian Cordova do Espirito Santo, e ao Ministério da Saúde do Brasil, que nos deu o apoio necessário para que hoje já pensemos em iniciar a REDE AMAMENTA LATINOAMERICANA.
Ministério da Saúde: Como conheceu a REDE AMAMENTA BRASIL?
Sandra Recalde: Em outubro de 2009, foi realizada uma reunião internacional na Guatemala sobre a atualização do uso de materiais da Iniciativa Hospital Amigo da Criança. Nessa ocasião, conheci a coordenadora da Área Técnica de Saúde da Criança e Aleitamento Materno do Ministério da Saúde do Brasil, Dra. Elsa Giugliani. Entre os vários trabalhos em grupos previstos no encontro da IHAC, coincidimos, nós duas, em um grupo que tratava de diferentes estratégias de promoção do aleitamento materno. Foi então que a Dra. Elsa me entregou um folder sobre a REDE AMAMENTA BRASIL, que despertou muito minha atenção. Como manifestei interesse, Elsa propôs que participasse de um dos cursos de formação de tutores da REDE AMAMENTA. Entrei no site do Ministério da Saúde do Brasil, encontrei materiais como o Caderno do Tutor, o Caderno Nº 23 de Atenção Básica, e todo tipo de informação relacionada ao tema. E foi assim que tudo começou.
MS: Que aspectos e características da REDE AMAMENTA BRASIL lhe parecem mais importantes e positivos?
SR: O aspecto mais significativo da REDE AMAMENTA BRASIL é a metodologia utilizada, que é inovadora e está baseada em um arcabouço teórico que não enfoca somente os conhecimentos cognitivos do profissional, mas está também dirigido à pessoa como indivíduo e parte de uma comunidade. Daí a importância de enfocar como uma gestão de trabalho em saúde a partir de uma concepção de trama ou tecido (rede) que, para garantir a atenção integral, sugere a troca de saberes entre os profissionais através de diálogos e definição de responsabilidades.
MS: No geral, como está a situação do aleitamento materno no Paraguai e quais são os principais desafios?
SR: Os índices aleitamento materno no Paraguai, em termos gerais, não são bons. A última pesquisa CEPEP (Centro de Estudios de Población), de 2008, mostra que há apenas 25% de prevalência de aleitamento materno exclusivo. Existe particularmente um bom início de amamentação, já que 97% de nossas crianças foram alimentadas diretamente no peito na primeira semana de vida. Mas esse dado cai bruscamente logo em seguida em razão do predomínio de alimentação artificial ou do que chamamos de alimentação mista (peito + outros leites), além da introdução precoce de alimentos antes dos seis meses. E isso se reflete posteriormente nos indicadores da desnutrição global do país, que é de 4,2%.O desafio dessa nova administração é aumentar os índices de aleitamento materno exclusivo e da amamentação prolongada. Ambos estão previstos no Plano Nacional de Promoção da Qualidade de Vida e Saúde com Equidade da Infância 2010-2015, por isso nosso interesse no êxito da REDE AMAMENTA e demais ações para cumprir a meta 4 dos Objetivos de Desenvolvimento do Milênio (ODM), que é a Redução da Mortalidade infantil.
MS: Como você acredita que a REDE AMAMENTA pode contribuir e melhorar a saúde da população paraguaia?
SR: A oportunidade de conhecer a Rede não poderia ter sido melhor! O Paraguai está passando por uma mudança profunda de paradigma em seu modelo de saúde. Estamos também iniciando a implementação das Unidades Básicas de Saúde, no âmbito de um Sistema Único de Saúde concebido nos moldes do Brasil. Consideramos que com a estratégia da REDE AMAMENTA, a contribuição para melhorar os índices de aleitamento materno e alimentação complementar a partir da atenção básica consolidará todas as demais ações relacionadas a saúde da população do Paraguai, sobretudo pela metodologia participativa e o sólido arcabouço teórico com que foi construída.
MS: Como o Ministério da Saúde do Paraguai pretende implementar a REDE AMAMENTA em seu território? Existem prazos, metas e recursos humanos e financeiros para fazê-lo?
SR: Há pouco tempo tivemos a oportunidade de realizar o Curso de Formação de Tutores, do qual participaram 12 profissionais de 3 Regiões Sanitárias que correspondem a área de influência de Itaipú. Esses mesmos profissionais elaboraram um plano em pequena escala para realizar, ainda este ano, pelo menos 5 oficinas de trabalho nas UBS de sua área de influência e continuar formando mais tutores com a supervisão das tutoras do Brasil. Não temos recursos financeiros disponíveis assim, de imediato, mas já propusemos a implementação da Rede com o apoio das diferentes cooperações internacionais com as quais o Ministério da Saúde trabalha. Atualmente, apenas o Alto Paraná dispõe de fundos para as atividades planejadas. As demais tomaram para si o desafio de trabalhar com recursos gerados em suas próprias comunidades através de alianças com seus atores sociais.
MS: Como acha que as equipes de saúde, profissionais e instituições envolvidas receberão esta iniciativa?
SR: A recepção com o primeiro grupo de profissionais que participou da oficina superou todas as expectativas. É uma grande vantagem que os médicos, enfermeiras e obstetras que estão se incorporando às novas Unidades de Saúde sejam profissionais jovens, com vontade de explorar novas estratégias de trabalho. Na graduação, esses mesmos profissionais já haviam visto a importância da atenção primária de saúde e sua repercussão no estado geral da comunidade na qual se comprometeram a servir. E como todo processo leva tempo, seguramente eles irão se ajustar de acordo com a disponibilidade também dos próprios recursos com que contamos. Mas estamos muito otimistas, pois esse projeto, que antes era só uma proposta, é hoje uma realidade no Paraguai.
MS: Comentários e observações
SR: Gostaria de manifestar nossos mais sinceros agradecimentos às coordenadoras de Saúde da Criança e Aleitamento Materno do Brasil, Elsa Giugliani e Lílian Cordova do Espirito Santo, e ao Ministério da Saúde do Brasil, que nos deu o apoio necessário para que hoje já pensemos em iniciar a REDE AMAMENTA LATINOAMERICANA.




